segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Baú dos Nossos


E como corríamos pela rua
Por vezes nos escondíamos atrás de morros de areiaHaviam muitos deles por toda a rua principal.
Era o progresso.Ele finalmente começava a chegarE fazíamos desses morros nossos castelos e ganhávamos cidades inteiras por batalhas travadas
Nosso elo ia além do sangue
Mas este gritava sempre.Já que a cada batalha travada, medalhas eram postas em joelhos reluzentes...
O poeta menino rapidamente corria ao resgate
Salvando assim seu soldado e companheira de batalhas
Ele era o comandante e se colocava à frente sempre mesmo com tropas tão rebeldes.
E logo elas aconteciam, rebeliões e insubordinações, quantas delas.Para desespero de seu comandante
Mas tudo logo acalmava.Pois era quando chegava a melhor hora do dia
Este sim era o melhor de todos os tesouros jamais conquistados em batalhas.
Era a hora do lanche da tarde...
O cheiro de pão fresco nos levava como lobos a caça havia cumplicidade total nesta hora
Os olhos que se cruzavam e concordavam este sem dúvidas era o momento mais esperado
Mas ainda era o começo tantas aventuras ainda os esperavam
E recomeçavam então a planejar novas conquistas e guerras sem fim...O mundo ainda nem os conhecia
Quanto ainda por fazer e assim eles cresciam
E mudaram então o cenário, as ruas agora lisas e cheias de carros.Passos apressados, barulhos e as horas que apressam e empurram, derrubando assim nossos castelos.
Passaram -se alguns anos e o poeta deixou de ser menino e a menina deixou de ser soldado
Mas dentro de salas e baús lotados de lembranças queridas
Ainda se imaginam nos morros e nas batalhas
Estas travadas com toda garra de soldados prontos a novas conquistas
Esperando sempre pelo maior de todos os tesourosEste aparecia sempre ao final da tarde
Era quando uma voz gritava ao longe:'CRIANÇAS O LANCHE ESTA NA MESA "

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